“Ninguém educa ninguém os homens se educam entre si mediatizados por seu mundo”. Paulo Freire.
O estudo dessas mestrias trouxeram à luz uma reflexão de uma educação emancipadora à metodologia EAD.
http://garotasdexcelencia.blogspot.com/2010/08/os-sofistas-e-arte-da-retorica.html
http://garotasdexcelencia.blogspot.com/2010/08/so-voltando-se-para-seu-interior-o.html
http://garotasdexcelencia.blogspot.com/2010/08/lacan-o-mestre-e-o-inconsciente.html
http://garotasdexcelencia.blogspot.com/2010/08/jacotot-por-uma-filosofia-emancipadora.html
Nossa missão é unir o que cada um já sabe ao que iremos descobrir no decorrer do nosso curso. Nossa troca de experiência enriquecerá nosso caráter filosófico.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Jacotot – Por uma filosofia emancipadora
Jacotot vem fundamentar ainda mais o pensamento de Lacan, para a formação de um professor consciente e com uma prática social transformadora. Para ele, o aluno aprende sem mestre pelo seu próprio desejo de aprender ficando num lugar de igualdade. O mestre adquiri a postura de emancipador bastando haver o desejo do aluno. Um dos méritos desta proposta emancipadora de aprendizagem é conceber a identidade do marco inacabado onde se inclui uma nova organização dos saberes, cuja exigência se orienta uma nova organização da experiência, onde a EAD é concebida como uma opção importante para conseguir com que o sujeito aceite o conhecimento, debata sobre o mesmo e construam propostas condizentes com suas realidades de seu próprio contexto, respeitando sempre a subjetividade, cultura e contexto dos participantes, orientando-os dessa forma, a constituírem propostas de intervenção que lhes permitam melhorar e até transformar seu entorno social, político e educativo relacionado os conteúdos com os meios, ferramentas, objetivos, competências, etc...
A EAD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas possibilidades ampliaram-se em meio a mudanças tecnológicas como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e espaço. Em tudo isso, se apresenta as idéias emancipadoras de Paulo Freire como uma alternativa viável e realista para a aprendizagem em rede que possibilita uma ação transformadora.
A EAD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas possibilidades ampliaram-se em meio a mudanças tecnológicas como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e espaço. Em tudo isso, se apresenta as idéias emancipadoras de Paulo Freire como uma alternativa viável e realista para a aprendizagem em rede que possibilita uma ação transformadora.
Lacan – o mestre é o inconsciente
Lacan concorda com Sócrates quando afirma a origem de toda realidade do pensamento no inconsciente, mas critica o tipo de mestria socrática porque percebe uma intervenção muito forte no processo de aprendizagem desse tipo de mestria. “ Para Lacan, o mestre é o inconsciente, não implicando para o consciente, o lugar da intervenção racional decisiva”.
Buscando contribuir ainda mais no ramo da educação e do conhecimento produzido pelo indivíduo, Lacan surge então com a escola Lacaniana e com a proposta de mestria desenvolvida por meio do cartel, onde o grupo de alunos é pequeno e o mestre seria o “ MAIS UM”, que não ocupa a função de transmitir o saber, mas sim de mais um entre os aprendizes, agora o mestre também é discípulo e juntos orientador e alunos trabalharão para o crescimento do grupo.
No trabalho em EAD, se comparando com o pensamento de Lacan, o trabalho é efeito de cada um sendo uma produção do inconsciente ficando o orientador com o papel de acompanhar todo o processo desenvolvido pelo próprio aprendiz. Na EAD, assim como o trabalho em forma de cartel, o orientador é mais um entre os aprendizes lidando com a possibilidade de acesso ao saber, cada um tem que colocar sua condição de pensamento no processo sendo todos aprendizes. O tutor tem que participar de todo processo e aprender junto com o aluno formando uma rede de aprendizado, pois não é possível se saber tudo.
Buscando contribuir ainda mais no ramo da educação e do conhecimento produzido pelo indivíduo, Lacan surge então com a escola Lacaniana e com a proposta de mestria desenvolvida por meio do cartel, onde o grupo de alunos é pequeno e o mestre seria o “ MAIS UM”, que não ocupa a função de transmitir o saber, mas sim de mais um entre os aprendizes, agora o mestre também é discípulo e juntos orientador e alunos trabalharão para o crescimento do grupo.
No trabalho em EAD, se comparando com o pensamento de Lacan, o trabalho é efeito de cada um sendo uma produção do inconsciente ficando o orientador com o papel de acompanhar todo o processo desenvolvido pelo próprio aprendiz. Na EAD, assim como o trabalho em forma de cartel, o orientador é mais um entre os aprendizes lidando com a possibilidade de acesso ao saber, cada um tem que colocar sua condição de pensamento no processo sendo todos aprendizes. O tutor tem que participar de todo processo e aprender junto com o aluno formando uma rede de aprendizado, pois não é possível se saber tudo.
Método Socrático: Só voltando-se para seu interior o homem chega à sabedoria e se realiza como pessoa
O homem que desafiou toda uma geração e deixou ao mundo uma maneira singular e talvez a mais influente forma de fazer filosofia ao questionar o nosso próprio conhecimento a cerca das coisas. Inicia-se então a partir de Sócrates uma proposta de mestria que permite o diálogo entre mestre e discípulo onde preocupava-se com o método do conhecimento dentro da contextualização. Sócrates parte do pressuposto “ só sei que nada sei”, que consiste justamente na sabedoria de reconhecer a própria ignorância, ponto de partida para a busca do saber. Por meio de indagações, destrói o saber constituído para reconstruí-lo na procura da definição do conceito. A investigação de que se ocupa não pode começar e acabar num recinto fechado de sua individualidade, pelo contrário, só pode ser fruto de um dialogar contínuo com os outros, como consigo mesmo. Pode-se afirmar que a metodologia EAD se aproxima mais do pensamento socrático do que dos sofistas, estando sempre o aluno disposto a aprender. Para o aprendiz elaborar seu próprio conhecimento Sócrates se servia do diálogo como ferramenta de transmissão para elaboração do próprio raciocínio, não trabalhando em assembleias e sim com pequenos grupos, um de cada vez encurtando a distância entre o saber e o espectador.
Aprende-se, não porque há um detentor do saber preocupado apenas em exportar o seu saber, a sua idéia, a sua opinião, a sua verdade absoluta, e sim porque há dois pares em busca cada um de sua verdade par aquele momento, para aquele contexto de forma recíproca, simples e natural como na linha socrática. “ Para Sócrates, apenas uma forma de conhecimento pode dirigir proveitosamente a conduta do homem – a opinião verdadeira”.
Aprende-se, não porque há um detentor do saber preocupado apenas em exportar o seu saber, a sua idéia, a sua opinião, a sua verdade absoluta, e sim porque há dois pares em busca cada um de sua verdade par aquele momento, para aquele contexto de forma recíproca, simples e natural como na linha socrática. “ Para Sócrates, apenas uma forma de conhecimento pode dirigir proveitosamente a conduta do homem – a opinião verdadeira”.
Os sofistas e a arte da retórica
Grandes mestres da retórica e da arte da persuasão, se julgavam detentores do conhecimento. Os saberes dos sofistas ignoravam “o compreender”, com efeito aquilo que se preocupavam antes de mais nada era manejar o discurso de forma tal que o interlocutor ficasse rapidamente convencido daquilo que o orador o queria persuadir. Nota-se que este orador nunca se punha o problema de saber se o que ele dizia era verdadeiro, o essencial para ele era conseguir conquistar a adesão do outro. A retórica não se propõe conduzir o interlocutor a redescobrir a verdade que existe nele, mas que esqueceu, ela propõe-se ao contrario em inculcar no outro idéias utilizáveis por aquele que procura um meio eficaz de lhes impor.
Podemos associar os mestres às escolas tradicionais onde o relacionamento professor x aluno era algo vertical e tinha uma característica “magistrocêntrica”, onde o mestre tinha o conhecimento e se preocupava em transmiti-lo com toda sabedoria que possuía, colocando o aluno numa posição de mero receptor dos saberes acumulados, de uma cultura tradicional e inquestionável. Uma grande marca desta filosofia sofista é a imagem do aluno passivo e o mestre dinâmico.
A metodologia EAD deve ser compreendida como um processo no qual o aluno não tem a presença constante do professor, assumindo uma postura ativa no processo de aprendizagem e o mestre não entra em relação com o aluno como possuidor do saber, mas assume a responsabilidade de orientar o aluno em busca do conhecimento.
Podemos associar os mestres às escolas tradicionais onde o relacionamento professor x aluno era algo vertical e tinha uma característica “magistrocêntrica”, onde o mestre tinha o conhecimento e se preocupava em transmiti-lo com toda sabedoria que possuía, colocando o aluno numa posição de mero receptor dos saberes acumulados, de uma cultura tradicional e inquestionável. Uma grande marca desta filosofia sofista é a imagem do aluno passivo e o mestre dinâmico.
A metodologia EAD deve ser compreendida como um processo no qual o aluno não tem a presença constante do professor, assumindo uma postura ativa no processo de aprendizagem e o mestre não entra em relação com o aluno como possuidor do saber, mas assume a responsabilidade de orientar o aluno em busca do conhecimento.
sábado, 10 de julho de 2010
Cibercultura também é descontração

"O próprio termo Cibercultura tem vários sentidos. Mas se pode entender por Cibercultura a forma sociocultural que advém de uma relação de trocas entre a sociedade , a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônicas surgidas na década de 70, graças à convergência das telecomunicações com a informática. A cibercultura é um termo utilizado na definição dos agenciamentos sociais das comunidades no espaço eletrônico virtual. Estas comunidades estão ampliando e popularizando a utilização da Internet e outras tecnologias de comunicação, possibilitando assim maior aproximação entre as pessoas de todo o mundo."
Fonte: Wikipedia
Bom ver você por aqui!
Mediante as nossas pesquisas encontramos um vídeo muito interessante que é exibido ao som de Gilberto Gil. Assista, você vai gostar.
Mais uma vez obrigada por sua visita.
Não esqueça de deixar comentários nesse nosso CYBERESPAÇO só assim poderemos trocar experiências e enriquecer nossa cibercultura...rsrsrs
http://www.youtube.com/watch?v=GJ4yL3lZkPo
quinta-feira, 8 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Mídias na Educação: Convergência das Mídias
Imagine a seguinte situação:
Na noite anterior, depois de um dia super cansativo e atribulado, você vai para a cama com aquela sensação de que esqueceu algo, mas a vontade de descansar e espantar a fadiga mental falam mais forte e você se entrega à essa “difícil” missão.
Eis que no outro dia, você desperta abruptamente com aquela sensação de que algo não está indo bem...Procura o celular e tem a confirmação daquele desconforto da noite anterior:Você esqueceu de carregar o seu celular e por isso, ele não despertou...Resultado: Você perdeu a hora!
Sai correndo de casa, chega ao ponto de ônibus e não tem a mínima ideia se seu ônibus passou ou não. Sabe por quê? Porque o único relógio que você tem, está no seu celular. Aquele que está mortinho “da Silva” e repousa em paz no seu bolso ou bolsa, “graças” ao seu esquecimento em alimentá-lo na noite anterior.
Aí você nem bem coloca os pés no trabalho e antes de receber dos seus colegas um animado “Bom Dia!” é bombardeado com as mesmas perguntas: “O que aconteceu com o seu celular?????”
Mas, o seu “inferno astral” não para por aí... Ele apenas acabou de começar... Ao tentar ligar o seu PC pessoal, você descobre da pior maneira que há algo errado, já que ele também foi fazer companhia ao seu celular e está lá, mortinho “da Silva”, se recusando a ligar e fazer de você, naquele momento, a pessoa mais feliz deste mundo. Afinal de contas, “sua vida” está lá naquela caixa quadrada de aparência tão frágil, mas que - como diz aquela música do Almir Satter – (...) carrega o dom de ser capaz, de ser feliz(...)
Parafraseando: (...) Carrega o dom de lhe fazer capaz, de lhe fazer feliz(...)
Pois é, meus queridos (as), estes pequenos transtornos diários, só se tornaram possíveis, graças à Convergência das Mídias.
Convergência das Mídias é fazer com que a pessoa saia das mídias ditas tradicionais e vá em direção às novas mídias: celular, internet, etc... e esta convergência já é uma realidade na vida das pessoas.Mas para que essa realidade seja assumida e utilizada por mais pessoas, ela precisa ser ensinada.A forma de utilização de alguma inovação, seja ela um tipo novo de processo, produto, serviço ou comportamento, precisa ser informada ou aprendida.Todos nós sabemos que a simples divulgação de um produto novo pelos meios publicitários não mostra como o usuário deve fazer para utilizar plenamente seus recursos. Um computador por exemplo. Não basta adquirir a máquina, é preciso saber utilizá-la, descobrir as melhores maneiras de obter da máquina auxílio nas necessidades de seu usuário. É preciso buscar informações, realizar cursos, pedir ajuda aos mais experientes, enfim, utilizar os mais diferentes meios para aprender a se relacionar com a inovação e ir além, começar a criar novas formas de uso e daí, gerar outras utilizações.
As mídias mais utilizadas na educação, encaradas como recursos didáticos, ainda estão muito longe de serem usadas em todas as suas possibilidades para uma melhor educação. Por mais que as escolas usem computadores e internet em suas aulas, estas continuam sendo seriadas, finitas no tempo, definidas no espaço restrito da sala de aula, ligadas a uma única disciplina e graduadas em níveis hierárquicos e lineares dos conhecimentos em áreas específicas do saber. Professores isolados desenvolvem disciplinas isoladas, embora com temas e assuntos que tenham tudo a ver com outras disciplinas. E isto é uma pequena parte do problema para a melhoria do ensino.
Pense um pouco em quantos processos e produtos você usa naturalmente em seu cotidiano e em como teve de se esforçar para aprender a utilizá-los. Talvez você já nem os perceba mais como “tecnologias” e que em um determinado momento revolucionaram a sua maneira de pensar, sentir e agir. Muitas outras pessoas, como você, passaram por esse mesmo processo, incorporaram inovações em suas vidas, e hoje não conseguem mais viver sem elas. Assim, podemos ver que existe uma relação direta entre educação e tecnologia. Usamos muitos tipos de tecnologias para aprender e saber mais e precisamos da educação para aprender e saber mais das tecnologias.
Educação e tecnologias:O novo ritmo da informação/Vani Moreira Kenski.
Campinas, SP:Papirus,2007.(Coleção Papirus Educação)
http://www.eca.usp.br/prof/moran/educar.htm
http://www.eca.usp.br/prof/moran/inov.htm
CIBERESPAÇO E CIBERCULTURA

Hoje, embora ainda sujeitos aos caprichos da natureza humana, nosso ambiente produzido culturalmente concorre juntamente com o natural na configuração do humano, e, em alguns momentos, superando-o.
O desenvolvimento das tecnologias digitais e a profusão das redes interativas quer queira ou não, colocam a humanidade diante de um caminho sem volta: já não somos como antes. As práticas, atitudes, modos de pensamento e valores estão, cada vez mais, sendo condicionados pelo novo espaço de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores: o ciberespaço.
O ciberespaço, ou espaço virtual é também espaço, guardando características de ambiente no que se refere à sua capacidade de interferir na produção e reprodução da cultura. Sendo espaço, é também lugar.
O ciberespaço é um espaço abstrato, que se constrói sobre um suporte físico, produto da nossa cultura. André Lemos (2002,p.137) nos diz que o ciberespaço “não é desconectado da realidade, mas um complexificador do real”.
Há de se lembrar ainda, que o virtual, como concebe Pierre Lévy, é a releitura, a atualização de algo que existe concretamente.
O ciberespaço é a virtualização, a atualização em um lugar, de dados registrados em outro lugar, interconectados por redes, e que, por suas características técnicas de programação, permite a meditação da comunicação entre seres humanos, e com a própria cultura por eles produzida.
Esse é ponto de partida de Pierre Lévy para estudar as implicações culturais engendradas pelas novas tecnologias de comunicação e informação. Cibercultura, lançado em 1999 no Brasil, é resultado de relatório encomendado pelo Conselho Europeu, dentro do projeto “Novas tecnologias: cooperação cultural e comunicação”.
O autor acredita que a cibercultura seja a herdeira legítima da filosofia das Luzes e difundem valores como fraternidade, igualdade e liberdade. “A rede é antes de tudo um instrumento de comunicação entre indivíduos, um lugar virtual no quais as comunidades ajudam seus membros a aprender o que querem saber”. Diante da profusão do fluxo informacional e do caos emergente que isso venha a causar, ele acena que a rede tem a sua própria forma de controle: a opinião pública e as instituições que dela fazem parte.
http://www.uff.br/mestcu/angele2.ntm
Abordagens Antropológicas do Ciberespaço e da cibercultura
Marco Aurélio Borges Costa
Carlos Henrique Medeiros
galaxy. intercom.org.br:81180/dspace/bitstream/1904/17042/1/ro402-3pdf.
Ciberespaço e Cibercultura
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